BULKING vs CUTTING: ENTENDA AS DIFERENÇAS

Bulk em inglês significa volume, nesse sentido, a fase de bulking se dá quando o atleta entra em um período de ganho de peso e hipertrofia muscular. Para que essa técnica possa atingir resultados satisfatórios, é necessário adaptar toda a sua rotina e aplicar este objetivo em diferentes áreas da sua vida, como nas refeições, treinos, lazer e, assim, o convívio social e o seu psicológico podem ser muito afetados.

O bulking exige uma dieta hipercalórica, onde o consumo de calorias diárias irá exceder o seu gasto durante o dia. Nessa fase, a alimentação é composta principalmente por proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais para que o corpo tenha recursos suficientes durante os treinos de força, que serão intensificados. É indicado permanecer nesta fase por 12 a 20 semanas.

Pensando nisso, é importante ressaltar que o processo de bulking irá aumentar o seu percentual de gordura ao mesmo tempo que aumenta as suas medidas. O que faz necessário analisar alguns fatores pessoais, antes de iniciar o processo:

1. Pergunte-se se você terá grandes eventos nas 20 semanas seguintes (no máximo), tais como: casamentos, viagens, aniversários, festas, entre outras ocasiões que poderão afetar seu progresso;

2. Analise a sua relação com o seu corpo e se você tem uma boa imagem sobre si mesma;

3. Avalie a sua fase atual nos treinos: caso você estiver saindo de uma fase de treinos intensos e está cansada ou desanimada para treinar pesado no período a frente, o melhor seria esperar essa fase passar.

Todas essas questões poderão causar desistências, interrupções ou até mesmo mudar sua relação com seu corpo, caso você não esteja preparada psicologicamente para se ver mais gordinha.

Bom, durante o cutting o processo é inverso ao bulking. Cut em inglês significa cortar. Desta forma, o foco dessa fase se dá na redução de medidas, perdendo gordura e mantendo os músculos, para assim, melhorar a definição do seu corpo, delineando o shape.

Neste processo a dieta se adapta e o consumo de calorias passa a ser menor do que o seu gasto médio diário. E, para isso, faz-se necessário uma avaliação física - assim como no bulking - para encontrar o valor calórico que você consome diariamente em sua rotina. Alimentos leves e de baixa caloria serão
a base principal de sua alimentação. É recomendado permanecer nesta fase por 8 a 12 semanas, no máximo.

É necessário ressaltar que nesta fase a fadiga será persistente, você ficará mais cansada pelo fato de treinar muito e não conseguir se recuperar rapidamente devido a baixa ingestão calórica. Assim, é importante separar os finais de semana para descanso e recuperação muscular.

Da mesma maneira que ocorre na fase de bulking, também será importante avaliar sua agenda das próximas 12 semanas antes de iniciar o cutting, tendo a certeza que nada irá te atrapalhar ou tornar o processo mais difícil. Além de observar bem se você está satisfeita com seu corpo atual, se deseja realmente emagrecer e diminuir as suas medidas, pois, tanto para o bulking quanto para o cutting, o processo só deverá ser realizado se ele fizer sentido para você!

É bem comum entre atletas o planejamento a longo prazo que inicia-se com o bulking, ganhando volume e, em seguida, passa-se ao processo de cutting para perder a gordura adquirida e definir os músculos. Esta é uma técnica para maximizar os resultados dos treinos, porém, é necessário adicionar a fase de manutenção. Ela permite um alívio na dieta rigorosa e nos treinos intensos, diminuindo a fadiga de ambos. É indicado permanecer em manutenção por 2 a 12 semanas. Durante essa fase você deve preparar seu psicológico para não perceber alterações corporais significativas e, ao fim desse período, você poderá escolher se permanecerá na mesma técnica que estava anteriormente (bulking ou cutting) ou não, conforme pede o seu objetivo.

Os riscos só existem ao tentar fazer tudo sozinha, sem qualquer acompanhamento profissional, usando apenas informações da internet como base. Tudo o que fazemos com auxílio de profissionais adequados corre menos riscos de dar errado. Passar por esse processo delicado sem o conhecimento necessário poderá afetar a sua relação com a comida desenvolvendo distúrbios alimentares, por exemplo. Por isso, é indispensável uma avaliação completa da atleta que deseja iniciar qualquer uma das técnicas citadas, analisando desde o nível de frequência de treinos, seu histórico alimentar e intolerâncias, composição corporal, muscular ou porcentagem de gordura, até outros detalhes como a presença de distúrbios alimentares, nível de disciplina e exames de rotina.